Por: Silvério
da Costa Oliveira.
----- Original Message -----
Subject: Homo ética
Eu estou fazendo um trabalho sobre:
"Homossexualismo e a ética dos
proficionais de saúde".
Se possível fala-me alguma coisa sobre isto,
ou manda-me algum artigo. Assim que vc lê este e-mail.
Obg pela atençaõ, “E.V.”
Recomendo a leitura
e a consulta ao “Catálogo bibliográfico
sobre sexo” e aos livros “Sexo,
sexualidade e sociedade” e “Falando
sobre sexo”, todos em meu site. Em particular sugiro a leitura do capítulo
12 “O homossexualismo” de meu livro “Sexo, sexualidade e sociedade” e também
do capítulo 2 “Lesbianismo e
prostituição”, do capítulo 3 “Masturbação,
homossexulismo e ideologia. Sexo, política e religião”, do capítulo 6 “Entrevistas na televisão”, do capítulo 7
“Homossexualismo, masturbação e ideologia”
de meu livro “Falando sobre sexo”.
Além destes textos, recomendo também a leitura do capítulo 1 “Sartre e a angústia”, do capítulo 2 “Comentários sobre o pensamento ético de
Aristóteles”, do capítulo 3 “Ética e
Kant”, de meu livro “Reflexões
filosóficas: Uma pequena introdução à filosofia”, gratuito em meu site.
A questão do
homossexualismo versus o heterossexualismo é interessante, somada a ética e aos
profissionais de saúde pode dar um bom trabalho. Mas, é preciso que você tenha
em mente primeiro o que você se propõe a fazer, pois, lembre-se de que tanto o
homossexualismo, como também o heterossexulismo são comportamentos naturais e normais
e não patológicos. Cuidado com a discriminação, ok?
O primeiro
grande erro que vislumbro é a confusão entre a profissão de psicólogo e a
religião da pessoa. Penso ser errado e anti-ético misturar ambas abordagens. Em
algumas religiões o homossexualismo pode ser encarado como algo errado e pecado
que impeça sua salvação, no entanto, pela ciência comportamental o
homossexualismo é um comportamento natural e normal que pode ser observado em
várias outras espécies de animais, tanto em cativeiro como soltas na natureza.
Atualmente não consideramos o homossexualismo como doença e, portanto, é antiético
por parte de médicos ou psicólogos realizarem qualquer tratamento visando curar
uma suposta doença no homossexualismo.
Cabe aos
profissionais de saúde aceitar e respeitar as escolhas que as pessoas fazem em
suas vidas e apresentar informações de boa qualidade visando orientar e ajudar
estas mesmas pessoas a fazerem as melhores escolhas possíveis, ampliando seu
leque de opções.
Eu fico
horrorizado, para não dizer escandalizado quando percebo a minha volta a grande
quantidade de profissionais formados no exercício de suas atividades (médicos,
psicólogos, jornalistas, advogados, enfermeiros, etc.) que ao lidarem com a
questão da sexualidade humana e em particular com o homossexualismo masculino e
feminino, não demonstram o menor respeito para com o entendimento atual pelos
mais consagrados trabalhos científicos e Academias mundo afora. Há ainda grande
incompetência e falta de ética por parte de todas as categorias profissionais
que lidam com a questão da sexualidade humana e aqui caberia aos respectivos
conselhos serem mais firmes com tais pseudos-profissionais que levam a desinformação
institucionalizada para as pessoas. Na verdade, isto é moralmente um crime
contra a humanidade, favorecendo o surgimento de grupos radicais contrários às
ditas “minorias” e que atuam de modo violento e preconceituoso para com as
mesmas.
PERGUNTA: O
que você pensa sobre a ética dos profissionais de saúde no tocante ao
homossexualismo?
Prof. Dr.
Silvério da Costa Oliveira.
(Respeite os
Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de
ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)
Um comentário:
Guilherme cita: A primeira vez que fiz psicoterapia foi com um psiquiatra, procurei para entender meus problemas sexuais e na época eu tinha 22 anos. No primeiro ano eu já tinha falado de ter sido abusado com 6 anos de idade. Mesmo com uma vida ativa heterossexual de vez em quando eu falava que tinha feito sexo com algum travesti. Meus desejos intensos em comprar e calçar sandália alta durante o sexo com minha namorada recebi que era um fetichismo. Tendo resumido um pouco do que ele ja sabia. Quando em momentos que eu propunha deu ser homossexual o tratamento era emergido numa negação não de informação, mas de proibição mesmo por parte dele. Hoje estou com 49 anos e com minha psicologa atual eu me sinto bem mais confortável em falar desta opção sexual. Finalmente tendo me identificado com seu texto vi ali um grande erro do psiquiatra, me reprimindo aos meus sentimentos de viver feliz, deixando os conflitos mais amenos que sei que sempre estarão presentes.
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