Professor Doutor Silvério

Blog Ser Escritor

Silvério da Costa Oliveira é Doutor em Psicologia Social - PhD, Psicólogo, Filósofo e Escritor.

(Doutorado em Psicologia Social; Mestrado em Psicologia; Psicólogo, Bacharel em Psicologia, Bacharel em Filosofia; Licenciatura Plena em Psicologia; Licenciatura Plena em Filosofia)


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11- Currículo na plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/8416787875430721

12- Email: doutorsilveriooliveira@gmail.com


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sábado, 31 de julho de 2021

Isidoro de Sevilha: O último acadêmico do mundo antigo

  Por: Silvério da Costa Oliveira.

 Isidoro de Sevilha (560-636) ou Isidorus Hispalensis, nasce na cidade de Cartagena, na Hispânia (Espanha) e falece aos 76 anos de idade na cidade de Sevilha. É considerado santo pela Igreja Católica Apostólica Romana e sua festa litúrgica ocorre em 4 de abril, data de seu falecimento. Atuou como bispo de Sevilha. Montalembert, no século XIX, se referiu a ele como “o último acadêmico do mundo antigo”.

Cabe a ele a elaboração de uma enciclopédia intitulada “Etimologias”, com 21 volumes, sobre cultura, filosofia e teologia, contendo biografias de homens e mulheres presentes na Bíblia, regras para mosteiros e conventos, comentários sobre livros da Bíblia e um verdadeiro dicionário. Sua obra foi muito lida e estudada durante a Idade Média e se por um lado contribuiu para a preservação de textos cujos originais se perderam, por outro lado, devido a sua considerada abrangência e completude para os fins cristãos, os originais acabaram sendo deixados de lado pelos copistas e por isto se perderam.


 

Na época, os reis visigodos que dominavam a região, bem como o povo visigodo, apesar de cristãos, eram arianos e nãos seguiam a doutrina aceita pelo concílio de Nicéia, coube ao seu irmão mais velho e também bispo de Sevilha, Leandro, e posteriormente a Isidoro, a conversão dos visigodos ao credo de Nicéia e ao catolicismo (universal). Bem como também cabe a Isidoro desenvolver uma concepção teológica e política na qual temos a ideia central de que o monarca está a serviço da Igreja, segundo a vontade de Deus, e estabelecendo alguns padrões morais para a monarquia.

Com a unificação da fé católica cristã com a monarquia, não cabia espaço para atuação de qualquer outra religião ou tendência religiosa, seja o arianismo ou o judaísmo. Por meio de escritos e de sua prática política e religiosa, Isidoro se colocou em defesa de uma corrente cristã e contrário as demais ou mesmo a presença do povo judeu no reino, apoiando uma política do governo de retirar crianças de famílias judias para que estas recebessem uma educação cristã.

Não cabe falar em originalidade ou de algum tipo de sistema filosófico ou teológico novo em Isidoro, seu trabalho de escritor foi o de selecionar e coordenar diversas e distintas obras, seja da Antiguidade clássica ou de autores cristãos, organizando recortes em tais obras destinadas a um fim específico.

Em linhas gerais a obra escrita de Isidoro tende a defender uma interpretação do cristianismo expressa pelo credo de Nicéia e pelo catolicismo e combater os adeptos de outras concepções cristãs, tidas como heresias ou dissidências, tal o caso do arianismo, bem como combater o judaísmo. Além disto, se propõe a educar e preparar os clérigos e pastores, fortalecendo a cristandade dentro das fronteiras do reino visigótico onde hoje localiza-se a Espanha. Sua obra mais conhecida, “Etimologias”, teve como objetivo preservar e difundir a cultura greco-romana associada ao cristianismo e teve importante influência como obra de consulta durante toda a Idade Média. Em virtude da importância desta primeira enciclopédia, obra de consulta onde praticamente tudo que importava em um mundo cristão poderia ser encontrado, mesmo que de modo superficial, há quem defenda hoje que ele seja o padroeiro da Internet.

 Silvério da Costa Oliveira.

 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

Site: www.doutorsilverio.com

(Respeite os Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Severino Boécio (1) * O autor de "A consolação da Filosofia"

 


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Severino Boécio (480-524/525) ou Anicius Manlius Torquatus Severinus Boetius ou Anício Mânlio Torquato Severino Boécio, nasceu em Roma, foi senador e posteriormente cônsul de Roma em 510. Filósofo, escritor, político, estadista e poeta. Esteve a serviço de Teodorico, rei dos Ostrogodos até ser falsamente acusado de traição e praticar magia, quando foi encarcerado e executado em Pávia, Itália. Pode ser considerado como um pensador eclético, neoplatônico e cristão. Há também a presença do pensamento de Aristóteles, como também ocorre em outros autores neoplatônicos do período. Falece aos 44/45 anos de idade e é considerado santo pela Igreja Católica Apostólica Romana, sendo sua festa litúrgica comemorada em 23 de outubro, data de seu falecimento. Quando encarcerado escreveu (entre 523 e 524) o que para alguns é considerado sua obra máxima: “A consolação da filosofia”. Sua obra terá grande influência sobre a filosofia medieval, em particular após o século XI com o início da Escolástica. Cabe a ele o projeto de traduzir a obra de Platão e Aristóteles e seus principais comentadores do grego para o latim, projeto este que se não fosse interrompido pela sua prisão e execução, se concluído teria modificado em muito a elaboração do pensamento filosófico no decorrer da Idade Média. Mesmo sem concluir seu projeto principal, as obras que traduziu para o latim tiveram importante papel no desenvolvimento do pensamento filosófico ocidental. Há quem afirme ter sido ele o último dos romanos e o primeiro dos escolásticos. Além da questão dos universais, cabe destaque o comentário de Boécio a “Isagoge” (do grego, “introdução”) de Porfírio e os livros sobre lógica de Aristóteles por ele traduzidos que irão marcar o desenvolvimento do pensamento filosófico medieval até o século XIII, quando outras obras gregas clássicas serão traduzidas e disponibilizadas no ocidente.

Em meus blogs "Ser Escritor" e "Comportamento Crítico" você encontrará um artigo / texto de minha autoria que resume as ideias deste vídeo, apresentando o tema em toda a sua complexidade. Leia:

"Severino Boécio: O mundo governado por meio da razão e não do acaso".

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Agostinho de Hipona (2) * A filosofia de santo Agostinho

 


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Agostinho de Hipona (354-430), também conhecido por Aulerius Augustinus ou Aurélio Agostinho ou Santo Agostinho. A cidade de Hipona também é conhecida por Hippo Regius, em latim. É conhecido por Agostinho de Hipona por ter sido bispo desta cidade e nela falecido, e não por ter nascido nela. Suas principais obras, dentre uma vasta coleção de livros, cartas e sermões, são: “A cidade de Deus” (De civitate Dei), “Confissões”, “Sobre a trindade”, “Livre arbítrio” (De libero arbítrio), “Sobre a doutrina cristã”. Seu pensamento influenciou profundamente a primeira metade da Idade Média, no que entendemos por Patrística, uma Escola de Filosofia Medieval. Alguns entendem a Patrística não como uma Escola de Filosofia e sim como uma vertente religiosa cristã e deste modo põe o seu surgimento junto aos primeiros padres, no século I d.C. e não com o começo da Idade Média. Agostinho apresenta influências em sua juventude de estudos e participação em movimentos anteriores a sua conversão ao cristianismo, deste modo temos nele influência do maniqueísmo, neoplatonismo (em particular de Plotino), do hedonismo, do ceticismo (Nova Academia), do estoicismo. Com certeza Agostinho é o principal responsável pela união entre o pensamento greco-romano e o cristianismo. Cabe a ele trazer o filósofo Platão para o mundo cristão, adaptando as ideias deste filósofo às concepções cristãs. Há algumas doutrinas filosóficas e religiosas com as quais Agostinho terá contato e que irá, no decorrer de sua vida, desenvolver embates e escrever sobre as mesmas, demonstrando o erro e defendendo uma outra postura, coerente com o cristianismo e a universalidade da Igreja em formação. Lembramos do Maniqueísmo (século III ao IV), do Donatismo (século IV ao VII) e do Pelagismo (século V). Agostinho entende que o humano dispõe de livre arbítrio, ou seja, pensamento autônomo para tomada de decisões em sua vida, mas por ser inconstante e sujeito ao erro, necessita de iluminação divina para manter-se junto a verdade eterna dada pela revelação e fé, isto se dá pela graça de Deus. No livro “A cidade de Deus”, Agostinho argumenta que há uma cidade de Deus e uma cidade dos homens. A cidade de Deus é fundada por Abel e a cidade dos homens é fundada por Caim, fazendo uma referência ao fratricídio. Estas duas cidades convivem entre nós, pois, há aqueles que se dedicam a Deus e que irão após o fim dos dias formar a cidade de Deus e há aqueles que se dedicam às coisas do mundo e se afastam de Deus. Estas cidades estão dentro de cada pessoa, não são um lugar e sim o interior de cada um, que escolhe em qual cidade irá viver. Entende Agostinho que o Mal não tem existência ontológica própria, sendo a ausência ou afastamento do Bem. Deus é o criador de tudo, mas por ser sumamente bom, não criou o mal e este não existe em si ontologicamente, em verdade, o mal é a ausência do Bem, o afastamento de Deus. O mal cabe aos humanos a partir do seu direito de escolha provindo de seu livre arbítrio, apesar de conhecer o Bem, o humano pode escolher o Mal. Uma frase que caracteriza a relação entre fé e razão presente em Agostinho, é: “É preciso compreender para crer, e crer para compreender”. Também importante o entendimento de Agostinho no qual a fé precede a razão. Agostinho entende que a filosofia é importante para justificar e explicar os fundamentos da fé cristã, se bem que a fé era por ele vista como fundamental e que a razão estaria subordinada a revelação. A razão também teria um papel importante na conversão dos descrentes. Em Agostinho, fé e razão são complementares.

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"Agostinho de Hipona: A história, vida e filosofia de santo Agostinho".

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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Agostinho de Hipona (1) * A vida de santo Agostinho

 


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Agostinho de Hipona (354-430), também conhecido por Aulerius Augustinus ou Aurélio Agostinho ou Santo Agostinho. A cidade de Hipona também é conhecida por Hippo Regius, em latim. É conhecido por Agostinho de Hipona por ter sido bispo desta cidade e nela falecido, e não por ter nascido nela. Suas principais obras, dentre uma vasta coleção de livros, cartas e sermões, são: “A cidade de Deus” (De civitate Dei), “Confissões”, “Sobre a trindade”, “Livre arbítrio” (De libero arbítrio), “Sobre a doutrina cristã”. Seu pensamento influenciou profundamente a primeira metade da Idade Média, no que entendemos por Patrística, uma Escola de Filosofia Medieval. Alguns entendem a Patrística não como uma Escola de Filosofia e sim como uma vertente religiosa cristã e deste modo põe o seu surgimento junto aos primeiros padres, no século I d.C. e não com o começo da Idade Média. Agostinho apresenta influências em sua juventude de estudos e participação em movimentos anteriores a sua conversão ao cristianismo, deste modo temos nele influência do maniqueísmo, neoplatonismo (em particular de Plotino), do hedonismo, do ceticismo (Nova Academia), do estoicismo. Com certeza Agostinho é o principal responsável pela união entre o pensamento greco-romano e o cristianismo. Cabe a ele trazer o filósofo Platão para o mundo cristão, adaptando as ideias deste filósofo às concepções cristãs. Há algumas doutrinas filosóficas e religiosas com as quais Agostinho terá contato e que irá, no decorrer de sua vida, desenvolver embates e escrever sobre as mesmas, demonstrando o erro e defendendo uma outra postura, coerente com o cristianismo e a universalidade da Igreja em formação. Lembramos do Maniqueísmo (século III ao IV), do Donatismo (século IV ao VII) e do Pelagismo (século V). Agostinho entende que o humano dispõe de livre arbítrio, ou seja, pensamento autônomo para tomada de decisões em sua vida, mas por ser inconstante e sujeito ao erro, necessita de iluminação divina para manter-se junto a verdade eterna dada pela revelação e fé, isto se dá pela graça de Deus. No livro “A cidade de Deus”, Agostinho argumenta que há uma cidade de Deus e uma cidade dos homens. A cidade de Deus é fundada por Abel e a cidade dos homens é fundada por Caim, fazendo uma referência ao fratricídio. Estas duas cidades convivem entre nós, pois, há aqueles que se dedicam a Deus e que irão após o fim dos dias formar a cidade de Deus e há aqueles que se dedicam às coisas do mundo e se afastam de Deus. Estas cidades estão dentro de cada pessoa, não são um lugar e sim o interior de cada um, que escolhe em qual cidade irá viver. Entende Agostinho que o Mal não tem existência ontológica própria, sendo a ausência ou afastamento do Bem. Deus é o criador de tudo, mas por ser sumamente bom, não criou o mal e este não existe em si ontologicamente, em verdade, o mal é a ausência do Bem, o afastamento de Deus. O mal cabe aos humanos a partir do seu direito de escolha provindo de seu livre arbítrio, apesar de conhecer o Bem, o humano pode escolher o Mal. Uma frase que caracteriza a relação entre fé e razão presente em Agostinho, é: “É preciso compreender para crer, e crer para compreender”. Também importante o entendimento de Agostinho no qual a fé precede a razão. Agostinho entende que a filosofia é importante para justificar e explicar os fundamentos da fé cristã, se bem que a fé era por ele vista como fundamental e que a razão estaria subordinada a revelação. A razão também teria um papel importante na conversão dos descrentes. Em Agostinho, fé e razão são complementares.

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