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Métodos de pesquisa em psicologia 4: Método clínico ou estudo de casos ou histórico ou case-history ou histórico de caso

Por: Silvério da Costa Oliveira.

Nesta semana, estamos trabalhando os métodos de pesquisa em psicologia, este é o quarto de quatro posts dedicados ao tema da pesquisa científica.
Penso que é muito importante uma boa noção sobre metodologia de pesquisa para quem queira escrever no mundo acadêmico e aqui me refiro a monografias, dissertações de mestrado e teses de doutorado, bem como outros trabalhos de cunho científico.

1-   O método clínico ou estudo de casos
Também chamado histórico ou case-history ou histórico de caso
(Cinco nomes para um mesmo método)

Características básicas deste método:
A-    Combinação de teste + observação naturalista.
B-     Objetiva obter informações sobre uma pessoa ou um grupo.
C-     Coleta de informações com a presença de alto grau de subjetividade pelos pesquisadores.
D-     Ênfase no comportamento singular/individual.
E-      Os estudos de caso compreendem a coleta de dados pormenorizados, quase sempre de natureza muito pessoal, a respeito do comportamento de um indivíduo ou grupo (uma família, comunidade ou cultura, por exemplo) durante muito tempo.

Abaixo, trecho do livro “Introdução à psicologia” (título original norte-americano: “Introduction to psychology”), EditoraMcGraw-Hill do Brasil, do ano de 1983, de Linda L. Davidoff, p. 45.
A- “Elizabeth Kubler-Ross, médica de Chicago, estudou mais de 200 pacientes terminais em hospitais para “aprender mais a respeito das fases finais da vida com todas as suas ansiedades, temores e esperanças” e, assim ajudar as pessoas a morrerem com mais conforto. Kubler-Ross e seus alunos obtiveram seus dados em grande parte por meio de longas entrevistas com pacientes em estado crítico. Os sujeitos em potencial eram sempre informados com antecedência dos propósitos e da natureza da entrevista, e os encontros realizavam-se apenas quando os pacientes concordavam. Os participantes tinham liberdade de falar tanto ou tão pouco quanto desejassem. As entrevistas variavam em conteúdo, de acordo com as necessidades do paciente. Caracteristicamente, evoluíam de preocupações gerais para preocupações pessoais.  Kubler-Ross e seus alunos também examinaram as reações das pessoas que cercavam as pessoas doentes. Com base nessas entrevistas e observações, Kubler-Ross concluiu que as pessoas no final de uma doença fatal passam por uma série de fases: 1- fase de negação e isolamento; 2- raiva; 3- barganha e regateio; 4- depressão e 5- aceitação. Nas palavras dela: “O fato notável... é que (as pessoas com doenças fatais) estão todas conscientes da gravidade de sua doença, quer disso tenham sido informadas, quer não... Todas elas experimentavam uma mudança de atitudes e comportamento, quando era feito o diagnóstico de malignidade, e tornavam-se conscientes da seriedade de seu estado por causa da mudança de comportamento das pessoas que as cercavam... (Quando informados da sua doença), todos os nossos pacientes reagiam à má notícia de modo  quase idêntico, o que é típico não apenas das notícias de doença fatal mas parece também ser uma reação humana a uma tensão grande e inesperada, isto é, com choque e descrença. A negação ocorreu com a maioria de nossos pacientes e persistiu de alguns segundos a muitos meses... Essa negação nunca é total. Após a negação, predominava a cólera e a fúria, expressas através de um sem número de maneiras, como inveja daqueles que iam poder viver e ter saúde. Essa cólera era justificada e reforçada parcialmente pelas reações do pessoal do hospital  e da família.
...Quando o ambiente conseguia tolerar essa cólera sem tomá-la como coisa pessoal, ajudava muito o paciente a alcançar uma fase de esperança passageira, seguida de depressão, que é um degrau na direção da aceitação final... A aceitação final foi alcançada por muitos pacientes sem ajuda externa, outros necessitavam assistência para atravessar esses diferentes estágios e morrer em paz e dignidade.
Qualquer que seja o estágio da doença ou os mecanismos empregados para enfrentá-la, todos os nossos pacientes mantinham alguma forma de esperança até o último minuto.””

Exercícios para revisão e diversão

1- Escolher um dos quatro métodos de pesquisa em psicologia e elaborar resumidamente o esboço de uma pesquisa dentro do tema antes escolhido, visando solucionar o problema e testar as hipóteses que você formulou. Aqui você não vai contar uma historinha inventada ou copiar uma pesquisa já realizada, o objetivo nosso é outro. Trata-se de um projeto de pesquisa, semelhante a um “roteiro de viagem” ou um “plano de aula” ou uma “receita de bolo”, você dirá, passo a passo, o que você iria fazer para testar o problema e as hipóteses. Utilize o tempo verbal futuro. (Se você fosse fazer uma pesquisa sobre este tema, o que você gostaria de pesquisar, com o uso de qual método? Quais seriam as diversas etapas e o que você faria?).

2- Diga quais são os quatro objetivos/metas de uma pesquisa dentro de uma abordagem científica.

Você deverá criar e exemplificar sua própria pesquisa.
Seja criativo e utilize a sua imaginação.

PROJETO DE PESQUISA CIENTÍFICA
3.1 Tema/assunto de sua pesquisa?
3.2 Problema de sua pesquisa?
3.3 Explique o que deve ser feito com a bibliografia.
3.4 Hipóteses de sua pesquisa?
H1?
H2?
H3?
3.5 Monte sua pesquisa nos moldes da metodologia experimental.
      Grupo 1 ? (nomear e explicar o que e como é na sua pesquisa)
      Grupo 2 ? (nomear e explicar o que e como é na sua pesquisa)
      Diga o que são na sua pesquisa e exemplifique:
      VI ?
      VD ?
      VE ? 1- ?
               2- ?
               3- ?
3.6 Procedimento adotado na sua pesquisa. Explique e exemplifique.
4- Escolha outro tema ou problema e demonstre o seu experimento com os outros três métodos em Psicologia.
 
PERGUNTA: Qual a sua opinião sobre o método clínico ou estudo de casos ou histórico ou case-history ou histórico de caso (cinco nomes para um mesmo método)? Você tem alguma idéia de como poderia empregá-lo em uma pesquisa do seu agrado?

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.
(Respeite os Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)

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