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Introdução ao estudo da filosofia contemporânea

 

Por: Silvério da Costa Oliveira.

 

Filosofia contemporânea

 Entendemos por Filosofia contemporânea a filosofia desenvolvida após o início da Idade Contemporânea, que começa com a Revolução Francesa ou mais especificamente com a queda da Bastilha, no ano de 1789 e se prolonga até os dias atuais. É, portanto, um desenvolvimento filosófico que abarca os séculos XIX, XX e o atual XXI, período este de profundas mudanças sociais e econômicas. Além da Revolução Francesa, tivemos vários marcos importantes neste período, como as duas guerras mundiais, a guerra fria, a exploração do espaço e chegada a Lua, a unificação da Europa em torno de uma moeda única e da ausência de fronteiras, o desenvolvimento de meios de transporte cada vez mais rápidos e confiáveis, o desenvolvimento da computação e outras formas de tecnologia que ampliaram o acesso a bagagem cultural humana e facilitaram o modo de pensar, a maior integração da comunicação, os movimentos feministas e suas conquistas sociais para a mulher, dentre muitos outros, e, claro está, a filosofia debateu e atuou diante destas mudanças sociais.


 

Dentre as questões trazidas pelo século XX, temos o desenvolvimento de uma era de incertezas, contradições e dúvidas que fogem do porto seguro de uma certeza ou verdade inabalável, aliás, mesmo a verdade passa a ser questionada conjuntamente com as religiões e com Deus. Alguns pensadores do período passaram a buscar um paraíso na Terra, desenvolvendo uma filosofia engajada em promover mudanças sociais. Algumas correntes de pensamento se apresentam com respostas a tudo, inclusive às críticas que possam ser feitas ao sistema, como se o mesmo fosse a verdade mais plena e que tudo abarcasse, como tal é o caso das doutrinas que tiveram sua origem no pensamento de Marx ou no de Freud. Aliás, os quatro pilares que norteiam boa parte do pensamento desta época são respectivamente: Marx, Freud, Darwin e Einstein. São muitos os filósofos e correntes de pensamento que se desenvolveram e ainda se desenvolvem no transcurso deste período.

Neste período a filosofia se relaciona com uma multiplicidade de conceitos, dentre os quais podemos citar: liberalismo; pluralismo; cientificismo; positivismo; subjetividade;    idealismo; racionalismo; pragmatismo; utilitarismo. Estes e outros conceitos marcantemente presentes no período englobam a forma de pensar cotidiana mesmo nos centros acadêmicos. A estes cabe também citar a questão de Deus e da religião cristã em contraste com o Islamismo e o ateísmo; a ideologia política de esquerda que se baseia em conceitos marxistas-leninistas, somados a diversas outras ideologias que tem em comum se contrapor ao pensamento que encontra sua origem no berço da democracia liberal e capitalista. A questão posta pela religião cristã e pelas liberdades individuais se faz presente e atuante nos contornos do desenvolvimento do pensamento filosófico neste período socialmente conturbado. Também e mais recentemente se impõe a questão sobre o “politicamente correto” e os rumos políticos ideológicos que as sociedades passaram a tomar, bem como os conflitos resultantes destas posturas.

Uma das características presentes no período é a pulverização do saber por distintas ciências e a cada vez maior especialização dos pesquisadores. Muitos dos pensadores com desenvolvimentos interessantes não se encontram na filosofia e sim em algum campo especializado das ciências, como tal é o caso de Einstein, Darwin e Freud, dentre muitos outros. Os temas tradicionais da filosofia continuam presentes, mas encontram maior acolhida no meio acadêmico e nas universidades.

Os temas fundamentais da filosofia continuam atuantes, tendo um destaque ora maior e ora menor por parte de algum filósofo ou corrente de pensamento. Estes temas de investigação são, dentre outros: a ética, a filosofia política, a estética ou filosofia da arte, a epistemologia ou teoria do conhecimento, a ontologia, a lógica, a hermenêutica filosófica, a teologia cristã, a liberdade.

Neste período temos uma enorme quantidade de produção por parte da filosofia, de fato, os séculos XIX, XX e o atual XXI tem apresentado um desenvolvimento que aponta para questões diversas, tais como o questionamento epistemológico sobre a validade do conhecimento e a existência da verdade, a existência humana e seu significado, a subjetividade e a intencionalidade, os relacionamentos sociais e afetivos, a evolução do conhecimento científico, questões sociais, a economia, a atividade política, e outras mais.

Um período por demais interessante, até porque, muito recente e, portanto, presente nas memórias e histórias de vidas das pessoas e suas famílias. Os temas aqui debatidos por vezes se mesclam com as preocupações cotidianas não somente dos acadêmicos e dos filósofos, mas também do humano comum com interesses nas mais distintas áreas do conhecimento humano. Debates filosóficos no transcorrer deste período acabam sendo debates sobre o modo de vida que as pessoas vivem em sociedade e como esta mesma sociedade, o Estado, a arte, a educação, a política, a economia, e outros campos mais, irão se posicionar diante do dia a dia da vida destas pessoas e suas famílias.

 Silvério da Costa Oliveira.

 


 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

Site: www.doutorsilverio.com

(Respeite os Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)

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