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Agostinho e a Patrística versus Tomás de Aquino e a Escolástica

 Por: Silvério da Costa Oliveira.

 Agostinho e a Patrística versus Tomás de Aquino e a Escolástica

 Agostinho de Hipona (354-430) se encontra ali na divisa entre os séculos IV e V e terá influência enorme no desenvolvimento da Patrística, já Tomás de Aquino (1225-1274) se encontra inserido no século XIII e terá enorme influência no desenvolvimento da Escolástica. A rigor, temos um movimento que antecede o início da Idade Média, onde há o desenvolvimento de um pensamento que mescla filosofia com a nova religião cristã. Este movimento tenderá a ocupar cronologicamente o período do século I ao V e nos reportamos a ele como a era dos “Padres Apologistas”. A Idade Média irá ocupar o período de tempo que irá do século V ao XV e teremos duas fortes correntes de pensamento ali presente. A primeira irá ocupar o período assim chamado de “Alta Idade Média”, que irá do século V ao X e o chamaremos de “Patrística”. O segundo movimento, conhecido por “Escolástica”, irá ocupar o período histórico chamado por “Baixa Idade Média”, do século XI ao XV. Mas o pensamento filosófico medieval pautado na Escolástica ainda irá prosseguir além do que entendemos por Idade Média e teremos uma Escolástica tardia, em particular na Península Ibérica (Portugal e Espanha), presente mesmo no século XVII.


 

Se bem que não verdadeiro no todo, geralmente o nome de Agostinho de Hipona é associado ao filósofo grego Platão e ao Neoplatonismo, já o nome de Tomás de Aquino é associado ao pensamento de outro filósofo grego, desta vez nos referimos a Aristóteles. No entanto, não temos um Platão ou um Aristóteles puro nestes momentos históricos. Agostinho de Hipona toma ciência de Platão por meio do neoplatonismo, onde estavam também presentes algumas das teses de Aristóteles, e por sua vez, Tomás de Aquino, ao tomar contato com Aristóteles, também está de posse de toda uma elaboração ocorrida no pensamento cristão no decorrer dos séculos no qual o pensamento de Platão se mesclou firmemente, além da presença de outros autores cristãos que fizeram sua própria leitura de Platão e do neoplatonismo, a começar pela influência do próprio Agostinho de Hipona na elaboração do pensamento de Tomás de Aquino, mas esta influência com certeza não será a única e outros pensadores cristãos estarão ali presentes, inclusive na elaboração de sua “Suma Teológica” e também das “Cinco vias para provar a existência de Deus”. Apesar de não podermos falar na presença de um Platão e de um Aristóteles puro, mesmo assim, Agostinho de Hipona é conhecido por ter “cristianizado Platão e este ter platonizado o cristianismo”, já Tomás de Aquino, por sua vez, é conhecido como sendo quem “cristianizou Aristóteles e este mais tarde aristotelizou o cristianismo”.

Tanto na Patrística, como também na Escolástica, os pensadores presentes a estes movimentos buscavam compreender de modo racional o conteúdo proveniente dos textos sagrados, da revelação e da fé. A questão que por vezes se apresentava era como se daria esta relação e quem teria primazia no debate.

Para compreender o pensamento filosófico desenvolvido na Idade Média não basta estudar Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino, mas com certeza o pensamento de ambos é fundamental e não poderá faltar a tal estudo.

 Silvério da Costa Oliveira.

 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

Site: www.doutorsilverio.com

(Respeite os Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)

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