Professor Doutor Silvério

Blog Ser Escritor

Silvério da Costa Oliveira é Doutor em Psicologia Social - PhD, Psicólogo, Filósofo e Escritor.

(Doutorado em Psicologia Social; Mestrado em Psicologia; Psicólogo, Bacharel em Psicologia, Bacharel em Filosofia; Licenciatura Plena em Psicologia; Licenciatura Plena em Filosofia)


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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

O Argumento Ontológico

 Por: Silvério da Costa Oliveira.

 Argumento Ontológico

 A prova da existência de Deus pelo argumento ontológico passou a ser assim conhecida após Kant, antes dele era conhecida como argumento ou prova de Anselmo ou como argumento único. Anselmo da Cantuária (1033-1109) apresentou sua prova única sobre a existência de Deus na obra “Proslogion” (1077/8). Segundo esta prova, até um ateu, insensato ou néscio pode conceber em sua mente um ser tal, do qual não possa haver maior ou um ser tão grande que não possa haver um maior ainda. Agora, se este ser não existir, então um outro ser semelhante, mas que exista na realidade, será maior que este. Este ser do qual não possa haver maior é Deus e necessariamente tem de existir. Se só estivesse em nosso entendimento o ser do qual pensamos ser o maior que possamos pensar, então, outro que além de presente no entendimento, estivesse também na realidade seria maior que este. Deus é o ser do qual nada maior se pode pensar.


 

Desde a apresentação desta prova por Anselmo, houve uma divisão entre os pensadores que a aceitam e aqueles que a negam. Os argumentos e a fundamentação variam dentro do contexto do sistema maior no qual cada autor está inserido, mas levando-se em conta somente os que a aceitam, podemos citar a: Duns Escoto, Descartes, Leibniz, Malebranche, Hegel, dentre outros. Já com relação aos que negam a validade de tal argumento ou prova, temos: Tomás de Aquino, Gassendi, Locke, Hume, Kant e outros.

Segundo Norman Malcolm (1911-1990) o argumento de Anselmo pode ser dividido em dois, de acordo com a forma como o interpretamos, deste modo temos:

1- Algo é maior se existe do que se não existe.

2- Algo é maior se existe necessariamente do que se não existe necessariamente.

O primeiro modo de interpretarmos o argumento de Anselmo (1) se baseia na ideia de que a existência é uma perfeição. Já o segundo modo de interpretarmos o argumento de Anselmo (2) se baseia na ideia de que a impossibilidade lógica de não existência é uma perfeição. Segundo Malcolm, nesta segunda interpretação, este ser passa a ser necessário em termos de lógica modal, passando a ser logicamente necessário que exista.

Existem formas distintas de se formular o argumento ontológico, mas em linhas gerais podemos afirmar que um argumento se caracteriza como ontológico quando busca provar a existência de Deus por meio de seu conceito ou essência. Sendo Deus um ser perfeito, perfeitíssimo, deve necessariamente existir, pois caso contrário não seria totalmente perfeito. Parte-se da definição do que seja Deus e dali se chega à existência de Deus como necessária. Trata-se de um argumento que não faz uso da experiência e, portanto, é um argumento a priori.

Um argumento ontológico não é baseado na observação do mundo, como pode ocorrer com os argumentos cosmológicos e teleológicos, e sim de modo a priori, somente por meio da razão.

Também ocorreram várias tentativas de refutação, sendo a primeira, ainda em vida de Anselmo e que passou a fazer parte da publicação de sua obra, seguida de uma tréplica escrita por Anselmo, foi a de Gaunilon de Marmoutiers, que argumenta sobre pensar uma ilha perfeita não faria que obrigatoriamente esta ilha exista nos oceanos e que por tal argumento poderia se provar a existência de qualquer coisa que se concebesse no intelecto. Anselmo rebate que posso pensar em uma ilha perfeita sem que esta exista na realidade porque sua existência não é necessária, ao contrário da existência de Deus.

Argumentando contra as críticas formuladas pelo monge Gaunilon sobre a existência em minha mente de uma ilha com todas as perfeições não justificar a existência na realidade desta mesma ilha, Anselmo entende que há uma diferença conceitual entre Deus e a ilha, pois Deus é o máximo absoluto e a ilha o máximo relativo, deste modo Deus é necessário, total e absoluto enquanto que a ilha é relativa e parcial. Disto resulta ser correto e logicamente necessário que Deus exista e que sua não existência é contraditória, mas o mesmo não ocorre para com a ilha.

 Silvério da Costa Oliveira.

 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

Site: www.doutorsilverio.com

(Respeite os Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)

Um comentário:

Unknown disse...

texto interessane.
Esou começando meus esudos em filosofia, por essa razao nao entendo ainda muita coisa.
Espero aprender muia coisa por aqui.