Por: Silvério da Costa Oliveira.
Silvio Romero
Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero (1851-1914) nasce em Lagarto, Sergipe, e falece na cidade e estado do Rio de Janeiro. Seus pais foram André Ramos Romero, comerciante português, e Maria Joaquina Vasconcelos da Silveira.
Desde cedo, o ambiente familiar instilou nele um senso de curiosidade e ambição, misturando as influências europeias do pai com as tradições brasileiras da mãe. Seus primeiros anos foram passados na vila de Lagarto, onde frequentou escola, absorvendo os rudimentos da educação primária em um contexto onde o aprendizado era tanto um privilégio quanto uma necessidade para ascensão social.
Aos 12 anos, em 1863, deixou o Nordeste rumo à corte imperial, o Rio de Janeiro, para prosseguir com os estudos preparatórios no Ateneu Fluminense. Cinco anos depois, em 1868, retornou para Pernambuco, para ingressar na prestigiada Faculdade de Direito do Recife, na qual cursou Direito, vindo a se diplomar em 1873.
Na década de 1870 teve a oportunidade de colaborar com artigos em vários periódicos de Pernambuco e do Rio de Janeiro. Sílvio Romero foi um polímata. Atuou como crítico, ensaísta, folclorista, polemista, professor e historiador da literatura brasileira. Ele foi um crítico literário, poeta, político e jurista.
Durante esse período, Sílvio se destacou não apenas academicamente, mas também como parte de um grupo vibrante de pensadores. Ao lado de figuras como Tobias Barreto (que já estava no quarto ano quando Sílvio Romero iniciou o primeiro ano de Direito), ele ajudou a formar o que ficaria conhecido como a Escola do Recife, um movimento que buscava renovar a mentalidade brasileira através de discussões sobre filosofia, sociologia e crítica cultural. Foi ali que ele defendeu uma tese polêmica para o doutorado, desafiando a congregação da faculdade ao declarar a "morte da metafísica" e debatendo com professores renomados, o que o marcou como um intelectual ousado e inovador.
Nomeado promotor público na comarca de Estância, em Sergipe, ele exerceu o cargo com dedicação, lidando com as complexidades do sistema jurídico em uma região ainda marcada por tradições coloniais. Em 1875, foi eleito deputado provincial por Estância, uma posição que lhe permitiu influenciar debates locais sobre educação e desenvolvimento, mas nela ficou por pouco tempo.
Por volta de 1879, ele se mudou definitivamente para o Rio de Janeiro, capital e centro cultural e político do Império. Colaborou com jornais pernambucanos e cariocas, ficou conhecido em particular como crítico literário.
Lecionou filosofia no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, entre os anos de 1881 e 1910 e fez parte do grupo de intelectuais que fundou a ABL – Academia Brasileira de Letras, em 1897. Na sessão de instalação da Academia Brasileira de Letras, em 28 de janeiro de 1897, fundou a cadeira nº 17, escolhendo como patrono Hipólito da Costa. Também foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Coube a ele apresentar significativa e importante contribuição a historiografia literária brasileira. Também foi sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa. Atuou também como juiz na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro.
Seus primeiros livros surgiram em 1878: um ensaio sobre filosofia no Brasil e uma coletânea de poemas. Uma viagem a Lisboa em 1883 marcou outro ponto alto, onde publicou um trabalho sobre folclore brasileiro, resultado de suas pesquisas iniciais sobre as tradições populares do país. Essa incursão ao exterior reforçou sua reputação como um erudito que conectava o Brasil ao mundo europeu, ao mesmo tempo em que valorizava as raízes nacionais.
Aqui cabe citar um evento pitoresco e que marcou o fim de uma amizade e o início de uma grande inimizade. Ao visitar Lisboa, Portugal, em 1883 e visando uma maior visibilidade para o folclore brasileiro com a publicação de uma coletânea de suas obras em Portugal, ganhando projeção internacional, contou inicialmente com a colaboração do intelectual português Teófilo Braga, já autor renomado pelos estudos sobre folclore em Portugal. Teófilo Braga deveria supervisionar a publicação de “Cantos populares do Brasil” e “Contos populares do Brasil”, de autoria de Sílvio Romero, mas Teófilo Braga introduziu alterações significativas na publicação e sem o consentimento do autor. Essas modificações incluíam a reordenação de capítulos para enfatizar paralelos com tradições portuguesas, a inserção de contos e notas adicionais que diluíam as influências indígenas e africanas destacadas por Romero, e a substituição da introdução original por um prefácio de Braga focado em escritos lusitanos, transformando o material brasileiro em uma extensão subordinada do folclore europeu. Romero, sentindo-se traído por essa "esperteza" que comprometia sua visão nacionalista e mestiça da cultura brasileira, reagiu com veemência ao retornar ao Rio de Janeiro, publicando panfletos como “Uma Esperteza: Os Cantos e Contos Populares do Brasil e o Sr. Theophilo Braga” (1887) e, anos depois, “Passe Recibo” (1904), nos quais acusava Braga de oportunismo e apropriação intelectual. A polêmica, que se estendeu pela imprensa luso-brasileira, não só rompeu a amizade, mas também destacou tensões pós-coloniais sobre soberania cultural, impulsionando Romero a lançar edições revisadas no Brasil para restaurar sua autoria original e reforçar o folclore como expressão autêntica da identidade nacional mestiça. Essa disputa, conhecida como ‘Querela dos Originais’, destacou as tensões pós-coloniais entre Brasil e Portugal, reforçando o compromisso de Romero com a soberania cultural brasileira.
A década de 1890 trouxe novas dimensões à sua trajetória. Em 1891, Sílvio contribuiu com artigos sobre educação para o “Jornal Diário de Notícias” e foi nomeado membro do Conselho de Instrução Superior pelo ministro Benjamim Constant, influenciando políticas educacionais na nascente República. Sua veia política ressurgiu com força entre 1900 e 1902, quando serviu como deputado federal pelo Partido Republicano de Sergipe, atuando como relator-geral na revisão do Código Civil, um papel crucial na modernização das leis brasileiras.
Teve três casamentos: casou com Clarinda Diamantina Correia de Araújo; com Maria Liberato; e com Petronila Barreto. No total teve 19 filhos, sendo quatro com a primeira esposa, três com a segunda e doze com a terceira. O término dos dois primeiros casamentos ocorreu em virtude do falecimento das respectivas esposas, já a terceira o acompanhou por toda a sua vida, vindo a falecer somente após o falecimento de Sílvio Romero. Suas três esposas eram de origem nordestina.
Tinha uma personalidade que o levava a embates polêmicos, sendo bem combativo e mesmo contraditório. Apesar de sua brilhante contribuição e participação social como intelectual brasileiro, restam algumas falas que infelizmente o aproximam de um contexto pró eugenia (melhoramento da espécie humana) e racista (criticando características que este entende estarem presentes no branco europeu português, no índio e no negro que formaram a nação brasileira), quando observadas em um contexto contemporâneo.
Teve como seu mestre maior Tobias Barreto, sendo reconhecido também como membro da assim conhecida “Escola de Recife” (ou “Geração de 70”). Inicialmente próximo das ideias do Positivismo de Augusto Comte, excetuando a parte religiosa (Religião da Humanidade), posteriormente passou a se aproximar das ideias evolucionistas presentes em Herbert Spencer.
Nos anos finais, após se aposentar do Colégio Pedro II, Sílvio buscou novos ares. Entre 1911 e 1912, residiu em Juiz de Fora, Minas Gerais, onde se envolveu ativamente na cena local: publicava poemas em jornais, prefaciava livros, ministrava aulas e proferia discursos que ecoavam sua paixão pela cultura brasileira. Esse período de semi-retiro foi uma pausa reflexiva, mas ele logo retornou ao Rio de Janeiro. Sílvio Romero faleceu em 18 de junho de 1914, aos 63 anos, deixando para trás um legado de polêmicas, inovações e uma profunda devoção à identidade nacional. Sua morte marcou o fim de uma era para a intelectualidade brasileira, mas sua influência perdura como um farol para quem estuda as raízes do pensamento crítico no país.
Além de sua intensa trajetória pessoal e profissional, Sílvio Romero deixou um legado intelectual que transformou o pensamento brasileiro. Sílvio Romero apresentou uma abordagem inovadora à crítica literária brasileira e também a filosofia, etnografia e análise cultural em nosso país, sendo suas ideias um marco no desenvolvimento do pensamento brasileiro.
Um dos principais representantes da Escola de Recife, trouxe para o Brasil ideias pautadas no evolucionismo de Darwin e Spencer, bem como, do Positivo de Comte. Sua obra se pauta em estudos e interesses sobre a identidade nacional brasileira, buscando entender o Brasil a partir de suas raízes culturais, históricas e étnicas, ressaltando a mestiçagem e o folclore, este último enquanto expressão autêntica de nossa realidade nacional.
Coube a Sílvio Romero ser um dos primeiros intelectuais brasileiros a assumir a tese de ser a mestiçagem um forte elemento na formação da cultura brasileira. Argumentou que a nação brasileira era o resultado final da mescla entre povos oriundos nos nativos indígenas, dos negros trazidos como escravos e do português colonizador. Ao rejeitar o etnocentrismo europeu, assume que a soma destas contribuições raciais e culturais é uma força e não uma fraqueza nacional, devendo ser comemorada como sendo a essência de nossa brasilidade. Ele entendia esta mescla de raças (indígenas, português e negro) como responsável pela formação de uma identidade nacional distinta e única.
Sílvio Romero entendia ser o folclore algo a semelhança de um espelho para vermos a alma popular brasileira. Foi ele um pioneiro nos estudos sobre folclore no Brasil, como fica nítido pela sua obra de 1883, “Contos populares do Brasil”, e sua outra obra, de 1888, “Estudos sobre a poesia popular no Brasil”. Segundo ele, manifestações populares presentes em contos, canções, poesias e outras mais, mostravam-se como genuínas expressões de nossa brasilidade, já que tais produções preservam a memória coletiva do povo. Ele adaptou métodos e técnicas europeias de coleta folclórica ao contexto sociocultural presente no Brasil, recolhendo e catalogando diversas narrativas, em particular no nordeste brasileiro, e destacando suas influências portuguesas, indígenas e africanas. Em vez de dar uma ênfase a uma determinada elite intelectual, focou seu olhar analítico para as contribuições provindas da cultura popular.
Adotou o evolucionismo provindo de uma interpretação das ideias de Darwin e Spencer para interpretar a sociedade brasileira, como podemos observar na obra de 1894, “Doutrina contra doutrina: O evolucionismo e o positivismo no Brasil”. Apesar da influência inicialmente sofrida pelo Positivismo de Comte por parte da Escola de Recife, da qual Sílvio Romero fazia parte, ele rejeitava a adoção rígida destas ideias e doutrina, adotando em seu lugar uma abordagem dinâmica que entendia o progresso social enquanto um processo orgânico com a presença de fatores históricos, geográficos e também biológicos. Deste modo, buscou analisar o Brasil como sendo uma nação em um processo de evolução, na qual podemos encontrar a tensão existente entre um passado colonial e um futuro republicano.
Sílvio Romero nos apresenta uma crítica literária com foco prioritário na realidade nacional brasileira, como podemos observar na obra de 1888, “História da literatura brasileira”. Coube a Sílvio Romero fundar a moderna crítica literária brasileira ao propor que a literatura deve refletir a realidade social e cultural do país. Adotou uma postura de crítica ao Romantismo por (de acordo com seu entendimento) este mostrar uma atitude de escapismo. Romero defendia um naturalismo adaptado, tendo como inspiração Émile Zola, dentro desta postura caberia a esta forma de naturalismo capturar as diversas e distintas particularidades presentes na vida brasileira. A literatura brasileira deve explorar as tensões raciais, regionais e sociais e, deste modo, abandonar idealizações e propiciar a busca de uma autêntica representação do povo em seu ambiente.
Para Sílvio Romero a educação deve ser entendida como sendo o motor do progresso e essencial para o desenvolvimento brasileiro, ideia esta que desenvolveu nos artigos públicos em 1891 no “Diário de notícias” e também na sua atuação no Conselho de Instrução Superior. Segundo seu pensamento, o sistema educacional brasileiro deve ser laico, científico e inspirado no modelo europeu, mas adaptado a realidade do Brasil. Para o Brasil conseguir superar o atraso cultural e político que foi herdado do período colonial, torna-se necessário uma sólida formação intelectual que promova a cidadania consciente e engajada.
Sílvio Romero também desenvolveu ideias críticas para com o parlamentarismo e a politicagem, como vemos em “Ensaios de Crítica parlamentar”, 1883, e “Geografia da politicagem”, 1909. Ele buscou expor os vícios do sistema político brasileiro de então, presentes no Império e, posteriormente, na República, denunciando a corrupção, o clientelismo e a falta de representatividade, em especial no tocante às regiões periféricas do país, como no caso o Nordeste. Assumia uma postura reformista que buscava uma política transparente e dentro dos ideais republicanos.
Em sua obra “A filosofia no Brasil”, 1878, defende uma filosofia racional com raízes locais a partir de um pensamento filosófico que seja realmente brasileiro, mas que possa estabelecer o diálogo com correntes de pensamento ao redor do mundo. Para ele não seria correto a mera importação de ideias de modo acrítico. Cabe a integração de elementos culturais brasileiros às ideias provindas da Europa, como no caso do folclore e da história, buscando a construção de uma filosofia que saiba mostrar de modo coerente a experiência nacional. Adotou uma abordagem pragmática, buscando superar o espiritualismo tradicional e seguir em uma direção científica e evolutiva.
Foi um forte defensor do nacionalismo cultural brasileiro. Cabe aos brasileiros reconhecer as especificações geográficas, étnicas e históricas presentes no Brasil, visando a construção de uma identidade realmente robusta e independente, como vemos em sua obra de 1882, “Introdução à história da literatura brasileira” e em sua outra obra, de 1912, “O Brasil na primeira década do século XX”, nas quais analisa o Brasil como sendo uma nação ainda em formação, mas com potencial para se destacar no cenário mundial, no entanto, para que isto ocorra é necessário que primeiramente haja uma atuação que busque valorizar as reais raízes brasileiras dentro da união de raças aqui presentes, bem como, a superação do atraso estrutural.
As ideias de Sílvio Romero tiveram grande impacto e ele nos deixou um legado significativo, moldando o pensamento brasileiro ao introduzir métodos científicos na análise cultural e literária, valorizar o folclore enquanto patrimônio nacional e propor uma visão de nossa identidade nacional como oriunda da mestiçagem ocorrida entre o europeu, o negro e o indígena. Sua visão sobre a raça ser um fator determinista na formação de um povo foi e ainda é sujeita a críticas e revisionismos contemporâneos. O pensamento crítico e as análises de Sílvio Romero foram essenciais para a construção de uma consciência nacional que seja crítica, abrindo caminho para outros pensadores e permanecendo uma referência fundamental para entender a formação do Brasil até os dias atuais. Até hoje, as ideias de Romero inspiram debates sobre identidade, cultura e progresso no Brasil, desafiando-nos a refletir sobre o que significa ser brasileiro.
ALGUMAS DE SUAS PRINCIPAIS OBRAS
1- A Poesia Contemporânea. Ano da primeira publicação: 1869.
Esse ensaio inicial de crítica literária examina as tendências poéticas do final do século XIX no Brasil, questionando influências românticas e propondo uma renovação estética influenciada por correntes europeias, marcando o surgimento de Romero como analista e crítico cultural.
2- A Filosofia no Brasil: Ensaio Crítico. Ano da primeira publicação: 1878.
Neste trabalho pioneiro, Romero traça um panorama das correntes filosóficas no país, criticando o espiritualismo e o positivismo enquanto elogia figuras como Tobias Barreto, defendendo uma abordagem mais científica e evolutiva para o pensamento brasileiro.
3- Cantos do Fim do Século. Ano da primeira publicação: 1878.
Coleção de poemas que reflete o romantismo tardio, com toques filosóficos e influências de Victor Hugo, explorando temas de melancolia social e existencial em um Brasil imperial em transição.
4- Interpretação Filosófica na Evolução dos Fatos Históricos. Ano da primeira publicação: 1880.
Tese acadêmica que aplica conceitos evolutivos à análise da história, argumentando pela influência da filosofia na compreensão de eventos sociais e políticos, com ênfase em uma visão progressista da sociedade brasileira.
5- Introdução à História da Literatura Brasileira. Ano da primeira publicação: 1882.
Obra introdutória que delineia os fundamentos para o estudo da literatura nacional, propondo uma análise racial e ambiental para explicar o desenvolvimento cultural do Brasil, preparando o terreno para trabalhos mais amplos.
6- O Naturalismo em Literatura. Ano da primeira publicação: 1882.
Ensaio que discute o movimento naturalista, adaptando ideias de Zola ao contexto brasileiro, criticando excessos românticos e defendendo uma literatura mais realista e científica para capturar a essência da sociedade.
7- Últimos Harpejos: Fragmentos Poéticos. Ano da primeira publicação: 1883.
Última incursão poética de Romero, com fragmentos que mesclam lirismo romântico e reflexões filosóficas, simbolizando o fechamento de sua fase criativa em verso para priorizar a crítica e o ensaísmo.
8- Contos Populares do Brasil. Ano da primeira publicação: 1883.
Compilação de narrativas folclóricas coletadas no Nordeste, com análises que valorizam a tradição oral como base da identidade cultural brasileira, influenciada por estudos europeus de folclore.
9- Ensaios de Crítica Parlamentar. Ano da primeira publicação: 1883.
Conjunto de textos que analisam o sistema político-parlamentar do Império, com críticas à corrupção e ineficiências, refletindo o engajamento de Romero na vida pública e sua visão reformista.
10- Ensaios de Philosophia do Direito. Ano da primeira publicação: 1885.
Exploração filosófica das bases do direito, integrando evolução darwiniana e positivismo para propor uma jurisprudência mais adaptada à realidade social brasileira emergente.
11- História da Literatura Brasileira. Ano da primeira publicação: 1888.
Obra seminal em dois volumes que mapeia a evolução da literatura no Brasil, incorporando fatores étnicos, geográficos e sociais, e posicionando Romero como fundador da crítica literária nacional contemporânea.
12- Estudos Sobre a Poesia Popular no Brasil. Ano da primeira publicação: 1888.
Análise aprofundada da poesia folclórica, destacando sua importância para a formação da identidade nacional, com exemplos coletados que revelam influências indígenas, africanas e portuguesas.
13- Etnografia Brasileira. Ano da primeira publicação: 1888.
Estudo etnográfico que examina as misturas raciais e culturais no Brasil, defendendo uma visão mestiça da nação e criticando visões eurocêntricas puras.
14- Doutrina Contra Doutrina: O Evolucionismo e o Positivismo no Brasil. Ano da primeira publicação: 1894.
Debate polêmico entre o evolucionismo spenceriano e o positivismo comteano, aplicado ao contexto brasileiro, onde Romero advoga pelo primeiro como ferramenta para entender o progresso social.
15- Evolução do Lirismo Brasileiro. Ano da primeira publicação: 1905.
Trajetória histórica do lirismo na poesia brasileira, desde o colonialismo até o moderno, enfatizando transformações influenciadas por mudanças sociais e intelectuais.
16- Geografia da Politicagem. Ano da primeira publicação: 1909.
Crítica satírica à corrupção e ao clientelismo na política brasileira, mapeando regionalmente os vícios do sistema republicano inicial.
17- O Brasil na Primeira Década do Século XX. Ano da primeira publicação: 1912.
Análise sociopolítica dos primeiros anos da República, destacando desafios econômicos, culturais e identitários enfrentados pelo país em um mundo em mudança.
Silvério da Costa Oliveira.
Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.
Site: www.doutorsilverio.com
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