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Mostrando postagens de junho, 2023

Giambattista Vico: A filosofia da história presente em Ciência Nova

  Por: Silvério da Costa Oliveira.   G. B. Vico Giovan Battista Vico Giambattista Vico   Giambattista Vico (1668-1744) nasce em Nápoles, Itália. Se dedicou a estudar a Escolástica e o Direito, atuou como professor de retórica, filósofo, historiador, pedagogo, poeta, orador e jurista. Sofre influência do cristianismo, de Platão, de santo Agostinho e de Bossuet. Sua principal obra é “Principi di una scienza nuova d’intorno ala commune nature delle razioni, 1725 (muitas vezes abreviado na tradução como “Ciência nova”. A última versão atualizada pelo autor é datada de 1744). Seus estudos e formação foi quase totalmente autodidata. Dentro do período do Iluminismo, tende a se opor ao mesmo (anti-iluminismo ou contrailuminismo). Entre os anos de 1686 e 1695 Vico atuou como preceptor do filho do marquês Dominico Rocca, em Vatolla (Cilento), sul de Salerno, Itália. Durante este período teve acesso a vasta biblioteca do palácio, contendo muitas obras clássicas que ...

Francis Hutcheson: Liberalismo, natureza humana e interno senso moral

  Por: Silvério da Costa Oliveira.   Francis Hutcheson   That action is best, which procures the greatest Happiness for the greatest numbers; and that worst, which, in like manner, occasions misery. "An Inquiry into the Original of our Ideas of Beauty and Virtue", 1725. A melhor ação é aquela que proporciona a maior felicidade para o maior número; e a pior, que, da mesma maneira, ocasiona a miséria. Francis Hutcheson   Francis Hutcheson (1694-1746) nasce no norte da Irlanda proveniente de família de origem escocesa. Seu pai atuava como pastor presbiteriano. Hutcheson estudou teologia e também atuou como pastor presbiteriano. Estudou na Universidade de Glasgow e desde 1727 ate sua morte, ele foi professor de filosofa moral nesta universidade. Antes desta data, de 1720-1722 até 1727 atuou como professor em uma escola presbiteriana em Dublin. Seus trabalhos influenciaram, dentre outros, a David Hume, Thomas Reid e Adam Smith. Dentre suas obras ...

Bernard Fontenelle: Iluminista e divulgador da ciência e filosofia

  Por: Silvério da Costa Oliveira.   Bernard Fontenelle  Bernard le Bovier (ou Bouyer) de Fontenelle (1657-1757) nasce (11 de fevereiro de 1657) em Rouen (noroeste da França) e falece (9 de janeiro de 1757) em Paris, França, aos 99 anos de idade e faltando apenas 1 mês para completar os 100. É Sobrinho (sua mãe, Marthe Corneille, era irmã) dos acadêmicos e dramaturgos franceses Pierre e Thomas Corneille. Seu pai François le Bovier de Fontenelle era advogado e atuava na província de Rouen. Fontenelle faz parte do movimento do Iluminismo na França.   Estudou em um colégio jesuíta e foi secretário perpétuo da Academia de Ciências (Académie des Sciences). Em 1691 ingressou na Academia Francesa e a partir de 1697 passou a secretário permanente da ciência. Bernard Fontenelle é um cientista francês e homem de Letras. Seus interesses o fazem dramaturgo, poeta, filósofo, matemático, advogado, astrônomo e estudioso da religião. Foi membro da Royal Society. Em 1680 ...

Pierre Bayle: A filosofia não é serva da teologia

  Por: Silvério da Costa Oliveira.   Pierre Bayle   Que não me digam mais então que a teologia é uma rainha da qual a filosofia é somente a serva. Pierre Bayle (Comentário filosófico, primeira parte, cap. I)   Pierre Bayle (1647-1706) filósofo, teólogo, professor e escritor, nasce em Carla-le-Comte, hoje Carla-Bayle, uma pequena vila no sul da França, e falece em Roterdã, Países Baixos. Seu pai era pastor calvinista, iniciou seus estudos na Academia Protestante de Puylaures e também estudou Filosofia no colégio jesuíta de Toulouse. Se converteu ao catolicismo, mas após algum tempo (18 meses) retornou ao protestantismo de vertente calvinista, chamado na França de Huguenote. A partir de 1661 sai da França com receio das perseguições religiosas, retornando em 1673, mas em 1680 deixa novamente a França e se retira para Roterdã. Bayle pode ser categorizado como um pensador anti-sistemático e cético.   Em 1682 escreve “Critique Générale de L’histori...