Por: Silvério da Costa Oliveira.
O iluminismo é
um movimento amplo que marca todo um século, o século XVIII e recebe vários nomes,
tais quais: iluminismo, século das luzes, ilustração e século da filosofia.
Dentre os mais relevantes filósofos iluministas na França do século XVIII, cabe
destacar a Voltaire (1694-1778), Rousseau (1712-1778), Montesquieu (1689-1755)
e Diderot (1713-1784).
O movimento que
deu o nome ao século XVIII, chamado século das luzes, se bem que se espalhe
pelo mundo, tendo repercussões em diversos países, inclusive na revolução
americana de 1776, mostra-se mais marcantemente presente em três países: a
França, a Alemanha e a Inglaterra.
O século XVIII
foi considerado o século dos filósofos e por certo, ser filósofo era mais uma
atitude socialmente buscada do que qualquer outra coisa. Cabe ressaltar que os
principais pensadores franceses desta época foram buscar seus fundamentos em
idéias e conceitos anteriormente formulados por um leque de pensadores que vão
desde Descartes, Spinoza e Leibniz, até os ingleses Newton e Locke. Destes dois
últimos, é a Locke, aliás, que os grandes expoentes do século XVIII muito devem
na formulação das idéias que defendiam. A base sobre a qual se assenta o
pensamento de grandes expoentes do iluminismo francês não se dá por meio de um
idealismo metafísico que buscasse no racionalismo de Descartes as suas bases. O
racionalismo do Iluminismo encontra suas bases como sendo empirista e
experimental, de Locke e Newton.
Se nos basearmos
nos historiadores franceses, o movimento Iluminista na França tem uma
abrangência temporal que vai de 1715, com a morte de Luis XIV, até 1789 com o
início da Revolução Francesa. Século dos filósofos, mas que com certeza deixou
a partir das idéias ali elaboradas, debatidas, enriquecidas e divulgadas uma
clara presença no surgimento de inquietações sociais que se espalharam por todo
o povo de dadas regiões e deu começo a 1776 e 1789 com a revolução americana e
a francesa, respectivamente, fatos estes que por si sós já marcam decisivamente
o século, proporcionando profundas mudanças sociais e outras que modificarão os
rumos da história da humanidade.
O século das
luzes não nos traz um todo coeso e uma filosofia sistemática, aliás, a
construção de sistemas elaborados não estava em bom apreço pelos então
filósofos franceses deste século, mais que uma filosofia, o que de fato tivemos
foi uma verdadeira atitude generalizada de emancipação do pensamento, uma busca
de liberdade de expressão que em sua essência antidogmática se opunha a Igreja
Católica Romana e ao cristianismo em geral, aparecendo em alguns como uma forma
de deísmo e em outros como ateísmo ou até mesmo panteísmo. Poderíamos até
encontrar tolerância mais facilmente para com outras religiões do que para com
a cristã por parte significativa destes pensadores.
Neste importante
movimento temos que a razão é entendida como meio principal de autoridade e
legitimidade de uma ou mais idéias. Por sua vez, há um confronto com a Igreja
Católica Apostólica Romana, em boa parte por esta se ater a dogmas imutáveis e
tentar barrar os questionamentos e veiculação de novas idéias e descobertas. O
movimento iluminista defende os ideais de: liberdade, progresso, tolerância,
fraternidade, governo constitucional e separação entre Igreja e Estado. Em
particular na França, temos a luta pela liberdade individual, pela tolerância
religiosa, oposição a monarquia absoluta, oposição aos dogmas da Igreja
Católica Romana, luta contra a censura e intolerância. Neste movimento cabe o
destaque ao método científico, o reducionismo, o questionamento da ortodoxia
religiosa e a busca do conhecimento. Também cabe aqui mencionar ponto
importante e base do pensamento fisiocrata, contrário ao mercantilismo, que se
encontra na expressão francesa “laissez faire, laissez aller, laissez passer”
(Deixar fazer, deixar ir, deixar passar). Esta expressão representa por si a
idéia de não intervenção do Estado na economia, tão querida também entre os
economistas liberais. O mercado cuida de si mesmo sem a intervenção do Estado, a
qual deve se limitar ao mínimo.
O movimento
iluminista se posiciona contra o fanatismo, seja este dogmático, religioso ou
político. Defende um Estado com direitos e deveres, mas não privilégios. Com um
fanático não se dialoga, só se consegue algo por meio da guerra, portanto, o
fanatismo é um obstáculo a ser superado pelas pessoas dentro da sociedade e
esta superação se dá por meio da razão, donde se vê a importância da igualdade,
da fraternidade e da liberdade, bem como, da liberdade de expressão e da
tolerância. E como todo movimento social que se preza tem de ter um inimigo,
este se encontra junto as trevas da ignorância, do dogmatismo e do preconceito,
bem como, no absolutismo monárquico, na união entre Igreja e Estado, no
dogmatismo, nas proibições e interditos com base em determinada interpretação
religiosa.
Silvério da Costa Oliveira.
Prof. Dr. Silvério da Costa
Oliveira.
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