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Mostrando postagens de abril, 2020

Eternidade

Por: Silvério da Costa Oliveira. O conceito de eternidade encontra-se presente em religiões e na filosofia, mas é algo que possui uma definição que foge de nossa experiência cotidiana, pois, cabe argumentar em direção a algo que não teve começo e não terá fim, ficando, portanto, além e aquém do tempo, não podendo ser medido por qualquer medida que se faça do tempo. Dentro da teologia cristã a eternidade se apresenta como um dos atributos de Deus, este estaria fora do tempo e teria criado a tudo, inclusive o próprio tempo. Por sua vez, se pensarmos por um prisma filosófico, eterno seria o cosmos tendo toda a matéria e energia nele presente de algum modo, mesmo que somente em potência, pois, do nada nada se cria. Em filosofia podemos ter a eternidade como um atributo exclusivo do “Ser” ou do “Uno”, isto se formos buscar uma contribuição em Parmênides ou em Plotino, por exemplo. Somos seres temporais e ao tempo pertencemos e mesmo aqueles cujas crenças admitam a imortalidade da ...

Religião e crenças

Por: Silvério da Costa Oliveira. Falar em religião é algo aparentemente fácil para a grande maioria das pessoas que só enxergam a sua própria como certa e outras que ou estão erradas ou são por demais estranhas para sequer serem chamadas com seriedade pela palavra religião, mas será algo tão simples e fácil assim ou algo tão complexo, cuja complexidade encubra a simplicidade de um grão de mostarda? Por regra a religião, seja ela qual for e independente de seu conjunto de crenças, adota para si verdades inquestionáveis e absolutas enquanto que a ciência e a filosofia não trabalham com verdades absolutas e sim transitórias. Aquilo que entendemos como verdadeiro em ciência e filosofia se dá pelo uso de um método, de uma dada metodologia, racional na filosofia, experimental na ciência, e como tal, seu conteúdo é sujeito a questionamentos, mudanças, revisões e modificações que proporcionem a evolução do conhecimento humano, o que não ocorre na religião cujo passar dos séculos não ...

Tirando a própria vida

Por: Silvério da Costa Oliveira. Tirar a própria vida por meio de uma decisão individual é algo por vezes estranho e que parece que vai de encontro a busca natural pela sobrevivência, no entanto, é comum encontrarmos este comportamento não somente na atualidade, mas mesmo no decorrer da história da humanidade. Alguns suicídios são, inclusive, bem famosos e constantemente relembrados ou mesmo estudados, como é o caso de Cleópatra ou de Sócrates. Neste tocante, vários termos são possíveis de serem usados, cada qual com seu contexto e particularidades que os diferenciam drasticamente uns dos outros, como é o caso do termo suicídio, eutanásia, ortotanásia, suicídio assistido, seppuko ou harakiri, dentre outros possíveis termos que visam descrever uma ou outra forma de retirada da própria vida. Se incluímos um médico ou uma equipe de saúde no processo de suicídio, neste caso, caberia falar em: ortotanásia, eutanásia e suicídio assistido, três coisas diferentes e que geram disc...