Por: Silvério
da Costa Oliveira.
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Original Message -----
Subject:
AJUDA SOBRE MONOGRAFIA TEMA DROGAS
OI SILVÉRIO
TUDO BEM. EU SOU ALUNA DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL DO 7ª PERIODO E ESTOU FAZENDO
MINHA MONOGRAFIA SOBRE "DROGAS" O QUE LEVA ADOLESCENTES A USAREM
DROGAS.
LENDO ALGUNS
DE SEUS LIVROS PUDE ENCONTRAR MUITAS RESPOSTAS, MAS GOSTARIA SE POSSIVEL
DE OBTER MAIS AJUDA SUA EM RELAÇAO AO MEU TEMA.
OBRIGADA.
A.A.
Convido A.A.
para visitar meu blog “Ser Escritor”
www.doutorsilverio.blogspot.com
e meu site. Em meu site encontrará livros e quatro catálogos bibliográficos no
formato PDF, todos de minha autoria e disponíveis para download. Sugiro a A.A.
que vá ao marcador “Drogas” em meu blog para ler os artigos ali disponíveis,
bem como, baixe em meu site o “
Catálogo
bibliográfico sobre drogas” e o livro “
Falando
sobre drogas”.
A infância e
a vida adulta são bem marcadas por fatos sociais, uma criança é uma criança e
um adulto é um adulto. Em tribos onde não predomina a nossa moderna cultura
tecnológica, vemos em estudos antropológicos que o indivíduo prossegue sua vida
como criança até um determinado ritual de passagem, após o qual passa a ser
visto por todos da tribo como um membro adulto.
A nossa
sociedade enfraqueceu os rituais de passagem e criou a categoria de
adolescente, este limbo onde a pessoa não é mais criança e ainda não é adulto,
trata-se de uma terra de ninguém cujos limites inferior e superior não são bem
definidos. O dito adolescente é tratado pela sociedade como criança para
algumas coisas e como adulto para outras coisas, de modo que se cria confusão
no tocante a qual categoria o indivíduo pertence.
Trata-se de
uma fase de mudanças que vão desde o surgimento de barba e pelos pelo corpo,
mudança de voz e primeiras ereções nos meninos ou o crescimento das mamas
(seios) e primeira menstruação (menarca) nas meninas. Além das mudanças
físicas, registramos mudanças na esfera social. Mudanças geram estresse e
insegurança diante do novo, este processo tende a ter como resultado um aumento
da ansiedade, que é uma modalidade de medo na qual não temos a presença do
objeto ameaçador, trata-se de um sentimento disperso que não encontra acolhida
em um objeto ameaçador específico.
Muitas vezes
os vínculos sociais e familiares são fracos e isto somado a ausência de fortes
e bem definidos rituais de passagem tornam o adolescente um alvo fácil para
qualquer coisa que lhe traga a sensação, mesmo que falsa e pueril, de segurança
e identidade própria.
A busca pela
droga acaba sendo a busca pela identidade perdida e ainda não reencontrada. A
droga proporciona um vínculo social na ausência de outros vínculos
adequadamente estruturados. Cabe também destacar que o adolescente proveniente
de uma família que possua uma estrutura doentia de dependência tende a
reproduzir esta estrutura doentia em sua vida.
Ao
analisarmos com mais atenção a família do drogadicto vemos que o mecanismo da
dependência está presente. Ou os pais usam drogas ilícitas ou usam drogas lícitas.
Não há necessidade do pai ou da mãe usarem drogas tais como maconha, cocaína ou
heroína, pois o mecanismo doentio da dependência e o maléfico exemplo se dá
pelo uso do cigarro ou de tranqüilizantes ou de qualquer droga que seja usada
para artificialmente tornar a vida mais suportável ou criar uma sensação
momentânea de felicidade e completude.
Na cabeça do
adolescente, como se justifica os pais implicarem com seu “baseado” (cigarro de
maconha) se o pai fuma cigarros e este sabe que a nicotina presente no tabaco é
uma droga cancerígena e mortífera, ou se este vê a mãe usar freqüentemente tranqüilizantes
para poder dormir ou para poder viver uma vida insípida que não lhe dá mais
prazer?
Quando se vê
pessoas exemplo se segurarem em soluções mágico-onipotentes para manterem um
relacionamento afetivo-sexual que já acabou, ou para continuarem em uma
profissão ou trabalho que verdadeiramente detestam quando não odeiam, ou para
suportarem relações familiares realmente conflituosas, aprendemos que para tudo
na vida, quando enfrentamos algum problema ou situação difícil que gere
angústia ou ansiedade, há uma solução externa pronta para ser usada, algo
mágico e onipotente que pode ser transformador de nossas vidas. Eis o mecanismo
doentio da dependência.
Acrescente-se
a tudo o que já foi dito que a dependência, seja esta qual for (drogas,
trabalho, sexo, jogo, etc.), está vinculada a um TOC – Transtorno Obsessivo
Compulsivo, no qual o prazer se dá pela repetição infindável de determinado
comportamento, em verdade, não se trata bem de prazer e sim de necessidade de
repetição de algo.
Algumas
pessoas não usam drogas lícitas ou ilícitas, no entanto, demonstram forte
dependência diante do jogo, do sexo compulsivo, de suas relações de trabalho. A
dependência apresenta-se como um comportamento compulsivo que busca em algo
externo ao indivíduo o toque mágico que tudo transforma. Soluções mágicas e
onipotentes são mecanismos infantis de resolução de situações vividas e estão
profundamente presentes no mecanismo do uso e abuso de drogas.
Diante deste
quadro, não é de se estranhar que as drogas, sejam estas lícitas ou ilícitas,
encontrem boa acolhida entre o público adolescente. Para mudar este quadro,
precisamos mudar as bases em que se assenta a nossa atual sociedade, incluindo
aqui os programas televisivos e a mídia em geral que passam constantemente a
falsa idéia de que para qualquer problema na vida há uma solução pronta,
enlatada, que pode ser usada para sanar o problema.
Direta ou
indiretamente a mídia vende a idéia de que existem soluções mágico-onipotentes
para tudo, não havendo necessidade de reflexão ou busca interior, voltar-se
para dentro é visto como algo ruim e prejudicial, como perda de tempo. Tempo
este que é visto como algo precioso e escasso que deve ser queimado o mais
brevemente possível fazendo tudo o que se pode na curta vida que temos onde somente
o que importa é a questão material, o uso abusivo do verbo “ter” em detrimento
do verbo “ser”. Que os culpados vistam a carapuça, mas não culpem sem primeiro
assumirem suas próprias responsabilidades.
PERGUNTA: Em
sua opinião, o que leva o adolescente ao mundo das drogas?
Prof. Dr.
Silvério da Costa Oliveira.
(Respeite os
Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de
ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)
Um comentário:
alem dos estados sociais de alguns adolescente que venha a cair no mundo das drogas, enclui tambem, no meu ponto de vista, as destruturações das famílias desses adolescente como, por exemplo, separações,alcoolismo por parte de um integrande da família,o uso de drogas consideradas legais como cigarro etc...
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