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La Dolce Vita (1960): Uma Crise Existencial em Roma sob a Lente Filosófica

 

Por: Silvério da Costa Oliveira.

 

Filme: La dolce vita

 

1- Introdução

 

O filme La Dolce Vita (1960), de Federico Felline, é um marco do cinema italiano, uma crítica mordaz à decadência da Roma pós-guerra, onde hedonismo, alienação e inautenticidade substituem a busca por sentido. Acompanhando Marcello Rubini, um jornalista que se perde em prazeres efêmeros e rejeita a redenção, o filme reflete a crise existencial da Idade Contemporânea, marcada pela “morte de Deus” nietzschiana e pela fragmentação moral e espiritual. Este artigo analisa La Dolce Vita através das perspectivas integradas de nove pensadores — Friedrich Nietzsche, Fiódor Dostoiévski, Søren Kierkegaard, Jean-Paul Sartre, Albert Camus, Martin Heidegger, Karl Marx, Theodor Adorno e Sigmund Freud —, explorando como suas ideias iluminam a jornada de Marcello e a sociedade romana. O texto começa com um resumo do filme, incluindo sua estrutura narrativa, seguido por uma descrição dos personagens e seus significados, culminando em uma análise filosófica detalhada e coesa que entrelaça os conceitos para revelar a crítica de Fellini à contemporaneidade.


 

 

2- Resumo do Filme

 

La Dolce Vita (1960), dirigido por Federico Fellini, é um drama de 174 minutos estrelado por Marcello Mastroianni (Marcello Rubini), Anita Ekberg (Sylvia), Anouk Aimée (Maddalena), Yvonne Furneaux (Emma), Alain Cuny (Steiner) e Valeria Ciangottini (Paola). Produzido por Giuseppe Amato e Angelo Rizzoli, com roteiro de Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli, Brunello Rondi e Pier Paolo Pasolini, o filme venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes (1960), o Oscar de Melhor Figurino (1962) e prêmios no Sindacato Nazionale Giornalisti Cinematografici Italiani (1961), além de indicações ao Oscar e BAFTA.

Dividido em um prólogo, sete episódios (com subseções 3b e 3c), um intermezzo e um epílogo, o filme segue Marcello, um jornalista de tabloides que cobre a elite romana enquanto navega por prazeres, desespero e oportunidades perdidas de redenção. Ambientado na Roma dos anos 1950/1960, reflete uma sociedade consumista onde a religião, a cultura e as relações humanas são mercantilizadas.

Prólogo: Marcello, em um helicóptero, segue uma estátua de Cristo sendo transportada sobre Roma, mas flerta com mulheres de biquíni em um terraço, simbolizando a profanação do sagrado.

Episódio 1: Marcello encontra Maddalena, uma herdeira entediada, em uma boate e faz sexo com ela no quarto de uma prostituta. Enquanto isso, sua noiva, Emma, tenta suicídio por overdose, destacando sua crise emocional.

Episódio 2: Marcello cobre a chegada de Sylvia, uma estrela de Hollywood, e a segue até a Fontana di Trevi, fascinado por sua sensualidade. Ele é agredido pelo noivo dela, Robert, mas aceita passivamente.

Episódio 3: Marcello visita Steiner, um intelectual, em uma igreja, onde tocam jazz e Bach, misturando sagrado e profano. A subseção 3b mostra uma festa na casa de Steiner, com intelectuais discutindo cultura, mas revelando vazio. A subseção 3c apresenta o suicídio de Steiner e o assassinato de seus filhos, chocando Marcello.

Episódio 4: Marcello, Emma e paparazzi cobrem um falso milagre da Virgem Maria, que atrai uma multidão fanática. A morte de uma criança pisoteada expõe a ilusão religiosa.

Intermezzo: Marcello conhece Paola, uma jovem garçonete, em um restaurante à beira-mar, idealizando-a como um “anjo” de pureza, mas sem conexão autêntica.

Episódio 5: Marcello encontra seu pai na Via Veneto, mas a visita termina com um ataque cardíaco do pai, que retorna para casa sem reconciliação, evidenciando a alienação familiar.

Episódio 6: Em uma festa aristocrática em um castelo, Marcello rejeita a proposta de casamento de Maddalena e se envolve com Jane, uma herdeira britânica, aprofundando seu hedonismo.

Episódio 7: Agora publicitário, Marcello lidera uma orgia caótica na casa de praia de Riccardo, com Nadia fazendo um striptease e Marcello desumanizando uma mulher, marcando sua degradação moral.

Epílogo: O grupo encontra um leviatã, uma criatura marinha morta, na praia. Paola, do outro lado de um estuário, tenta chamar Marcello, mas ele, incapaz de ouvi-la, dá de ombros e se afasta com outra mulher, enquanto Paola o observa com um sorriso enigmático.

 

3- Personagens e Seus Significados

 

Os personagens de La Dolce Vita são arquétipos da crise existencial, cada um simbolizando aspectos da decadência romana:

Marcello Rubini: Jornalista que se torna publicitário, Marcello é o protagonista que personifica o niilismo, a inautenticidade e a alienação. Preso ao prazer efêmero, rejeita o amor ético (Emma), a fé (Paola) e o confronto com o vazio (leviatã), simbolizando a falha existencial da modernidade.

Emma: A namorada ciumenta de Marcello, representa o amor ético e a moral cristã. Sua overdose (Episódio 1) e a violência sofrida (Episódio 3c) refletem a rejeição de valores tradicionais por Marcello.

Sylvia: Estrela de Hollywood, é um ícone estético e mercadoria cultural, consumida por Marcello na Fontana di Trevi (Episódio 2), simbolizando a superficialidade da fama.

Maddalena: Herdeira entediada, busca prazer vazio (Episódios 1, 6). Sua proposta de casamento, rejeitada por Marcello, destaca a ausência de compromisso.

Steiner: Intelectual que parece um modelo de transcendência, mas seu suicídio e assassinato dos filhos (Episódio 3c) revelam o colapso moral e existencial.

Paola: Garçonete jovem e pura, simboliza redenção, autenticidade e vitalidade. Ignorada por Marcello no epílogo, representa a oportunidade perdida.

Leviatã: Criatura marinha morta (inspirada em uma raia gigante), simboliza o absurdo, a finitude e o caos, confrontando Marcello com o vazio existencial.

 

4- Análise Filosófica Integrada

 

La Dolce Vita é uma crítica à Roma pós-guerra, onde a “morte de Deus” (Nietzsche, A Gaia Ciência, §125) deixa um vazio preenchido por hedonismo, alienação e inautenticidade. As perspectivas de Nietzsche, Dostoiévski, Kierkegaard, Sartre, Camus, Heidegger, Marx, Adorno e Freud se entrelaçam para iluminar a jornada de Marcello, que oscila entre prazeres efêmeros, crises morais e oportunidades perdidas de redenção, refletindo a decadência da modernidade.

 

Prólogo: A Profanação do Sagrado

No prólogo, Marcello, em um helicóptero, segue uma estátua de Cristo transportada sobre Roma, mas se distrai flertando com mulheres de biquíni. Nietzsche interpreta isso como a “morte de Deus”, com a estátua reduzida a um espetáculo em uma sociedade niilista, onde Marcello, o “último homem” (Assim Falou Zaratustra, Prólogo, §5), busca prazer em vez de valores. Dostoiévski veria a permissividade moral de “tudo é permitido” (Os Irmãos Karamázov, Livro V), com o flerte profanando o sagrado. Kierkegaard identifica Marcello no estágio estético (Ou/Ou), fugindo da angústia existencial (O Conceito de Angústia) ao evitar a estátua, um símbolo da fé cristã vazia (Ataque ao Cristianismo). Sartre consideraria isso má-fé (O Ser e o Nada), com Marcello negando sua liberdade ao adotar o papel de sedutor. Camus veria uma fuga do absurdo (O Mito de Sísifo), enquanto Heidegger apontaria a inautenticidade no “eles” (Ser e Tempo), com Marcello perdido em “fala ociosa”. Marx interpretaria a estátua como ideologia burguesa (O Capital), Adorno como produto da indústria cultural (Dialética do Esclarecimento), e Freud como tensão entre o id (desejo) e o superego (culpa cristã) (O Mal-Estar na Civilização). Juntos, esses pensadores revelam Marcello como um símbolo da modernidade: alienado, inautêntico e incapaz de enfrentar o vazio espiritual.

 

Episódio 1: Hedonismo e Desespero

Marcello encontra Maddalena em uma boate e faz sexo com ela no quarto de uma prostituta, enquanto Emma tenta suicídio. Nietzsche veria Maddalena como um ícone da “moral de rebanho”, com Marcello incapaz de transcender o prazer. Dostoiévski identificaria a permissividade moral, com o sexo impulsivo e a overdose de Emma refletindo o caos sem Deus. Kierkegaard notaria a estagnação estética de Marcello, rejeitando o ético representado por Emma. Sartre interpretaria o comportamento de Marcello como má-fé, fingindo ser um amante livre enquanto evita a responsabilidade por Emma. Camus veria a overdose como uma rendição ao absurdo, e Heidegger, a boate como um espaço do “eles”. Marx apontaria a boate como palco burguês, com o sexo mercantilizado, enquanto Adorno criticaria sua massificação cultural. Freud analisaria a tensão entre o id (desejo por Maddalena) e o superego (culpa por Emma), com a overdose como neurose da repressão. A cena expõe uma Roma onde o hedonismo e a alienação sufocam a autenticidade.

 

Episódio 2: A Sedução da Fama

Marcello cobre a chegada de Sylvia e a segue até a Fontana di Trevi, fascinado por sua sensualidade, mas é agredido por Robert. Nietzsche veria Sylvia como um ídolo da “moral de rebanho”, consumido sem profundidade. Dostoiévski apontaria a permissividade moral na profanação da Fontana, um espaço sagrado. Kierkegaard identificaria Sylvia como uma distração estética, mantendo Marcello no prazer imediato. Sartre notaria má-fé na passividade de Marcello ante a violência, enquanto Camus veria sua fascinação como fuga do absurdo. Heidegger interpretaria a cena como inautenticidade, com Marcello perdido no “eles” da mídia. Marx consideraria Sylvia uma mercadoria capitalista, e Adorno, um produto cultural massificado. Freud analisaria o desejo por Sylvia como impulso do id, reprimido pelo superego (culpa por Emma). Fellini critica uma Roma que idolatra a fama, mas permanece vazia.

 

Episódio 3 e Subseções: A Ilusão da Transcendência

Na igreja, Marcello encontra Steiner, que toca jazz e Bach, misturando sagrado e profano. Na subseção 3b, a festa de Steiner revela intelectuais estéreis, e na 3c, seu suicídio e assassinato dos filhos chocam Marcello. Nietzsche veria Steiner como um falso Übermensch, cujo colapso reflete o niilismo. Dostoiévski interpretaria o suicídio como o ápice do caos moral. Kierkegaard identificaria a estagnação estética nos gestos culturais, com Marcello incapaz de alcançar o ético ou religioso. Sartre veria má-fé na admiração por Steiner, Camus, uma rendição ao absurdo, e Heidegger, inautenticidade na “fala ociosa” da festa. Marx consideraria Steiner um intelectual que legitima a ideologia burguesa, Adorno criticaria a cultura como mercadoria, e Freud veria o suicídio como pulsão de morte. A igreja e a festa simbolizam a falência da espiritualidade e da cultura em Roma.

 

Episódio 4: Fanatismo e Tragédia

Marcello, Emma e paparazzi cobrem um falso milagre da Virgem Maria, que atrai uma multidão fanática, culminando na morte de uma criança. Nietzsche vê o fanatismo como niilismo passivo, substituindo valores por ilusões. Dostoiévski apontaria a perversão da fé, com a oração egoísta de Emma refletindo “tudo é permitido”. Kierkegaard interpretaria a multidão no estágio estético, evitando a angústia. Sartre veria má-fé na manipulação midiática, Camus, uma fuga do absurdo, e Heidegger, inautenticidade no “eles”. Marx consideraria a Madona uma ideologia que mascara a exploração, Adorno, um espetáculo da indústria cultural, e Freud, uma neurose coletiva do id buscando gratificação. A tragédia da criança expõe o custo humano da alienação.

 

Intermezzo e Episódio 5: Redenção Frustrada e Alienação Familiar

No intermezzo, Marcello idealiza Paola como um “anjo” em um restaurante à beira-mar. No Episódio 5, ele encontra seu pai, mas a visita termina com um ataque cardíaco e uma partida sem reconciliação. Nietzsche veria Paola como uma possibilidade dionisíaca, mas Marcello, preso ao niilismo, a reduz a um clichê. Dostoiévski interpretaria Paola como redenção rejeitada, semelhante a Sônia (Crime e Castigo). Kierkegaard veria Marcello estagnado no estágio estético, incapaz de alcançar o ético com seu pai. Sartre apontaria má-fé na idealização de Paola, Camus, uma fuga do absurdo, e Heidegger, inautenticidade no “eles” do restaurante. Marx consideraria a relação familiar alienada pelo capitalismo, Adorno, o restaurante como espaço massificado, e Freud, a ausência paterna como ferida narcísica. Fellini critica uma Roma onde conexões humanas são frustradas.

 

Episódio 6: Hedonismo Aristocrático

Em uma festa no castelo, Marcello rejeita a proposta de casamento de Maddalena e se envolve com Jane. Nietzsche veria a festa como decadência niilista, Dostoiévski, como permissividade moral, e Kierkegaard, como busca estética do “interessante”. Sartre interpretaria a rejeição como má-fé, Camus, como fuga do absurdo, e Heidegger, como “fala ociosa”. Marx consideraria o castelo um espaço burguês, Adorno, um espetáculo cultural, e Freud, uma liberação do id. A cena reforça a incapacidade de Marcello de assumir compromissos.

 

Episódio 7: Degradação Moral

Agora publicitário, Marcello lidera uma orgia na casa de praia, com Nadia fazendo um strip-tease e ele desumanizando uma mulher, profanando a música “Patricia”. Nietzsche veria isso como o ápice do “último homem”, Dostoiévski, como caos moral, e Kierkegaard, como estagnação estética. Sartre apontaria má-fé no papel de mestre de cerimônias, Camus, uma negação do absurdo, e Heidegger, inautenticidade total. Marx consideraria a orgia uma mercantilização do desejo, Adorno, um show de massa, e Freud, uma explosão do id sem superego. Fellini expõe a degradação de Roma.

 

Epílogo: O Confronto com o Vazio

O grupo encontra o leviatã, uma criatura marinha morta, enquanto Paola tenta chamar Marcello, que, surdo, dá de ombros e se afasta. Nietzsche veria o leviatã como o vazio niilista e Paola como uma promessa dionisíaca rejeitada. Dostoiévski interpretaria o leviatã como sofrimento sem sentido e Paola como redenção perdida. Kierkegaard veria Marcello evitando o salto da fé, com o leviatã simbolizando a angústia. Sartre apontaria má-fé na apatia, Camus, uma recusa do absurdo, e Heidegger, inautenticidade ante o Ser. Marx consideraria o leviatã um espetáculo capitalista, Adorno, um produto cultural, e Freud, a pulsão de morte fascinando o id. Fellini critica uma Roma que escolhe a apatia frente ao vazio e à redenção.

 

5- Conclusão

 

La Dolce Vita é uma crítica à decadência da Roma pós-guerra, um microcosmo da sociedade atual onde a “morte de Deus” deixa um vazio preenchido por hedonismo, alienação e inautenticidade. Marcello, o “último homem” nietzschiano, vive a permissividade moral dostoiévskiana, preso ao estágio estético kierkegaardiano, negando a liberdade sartriana, o absurdo camusiano e o Ser heideggeriano. Ele é moldado pela alienação marxiana, pela massificação adorniana e pelas neuroses freudianas, rejeitando o amor de Emma, consumindo Sylvia e Maddalena, chocando-se com o colapso de Steiner e ignorando a redenção de Paola. O leviatã, com seus olhos fixos, é o confronto final com o vazio, mas Marcello, surdo ao chamado de Paola, escolhe a apatia. Fellini oferece um alerta atemporal: em uma sociedade que substitui valores por prazeres efêmeros, a busca por sentido permanece frustrada, com a redenção sempre ao alcance, mas nunca abraçada.

 

Silvério da Costa Oliveira.

 


 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

Site: www.doutorsilverio.com

(Respeite os Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)

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