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Theodor Adorno e a Escola de Frankfurt

 

Por: Silvério da Costa Oliveira.

 

Theodor Ludwig Wiesengrund Adorno

 

Theodor Ludwig Wiesengrund Adorno (1903-1969), filósofo, sociólogo, musicólogo e compositor judeu e alemão. Nasce em Frankfurt, na época Prússia, Império Alemão, e falece aos 65 anos de idade em Visp, Valais, na Suíça. Estudou nas universidades de Frankfurt e Viena. Um dos fundadores do “Instituto de pesquisa social”, a assim chamada Escola de Frankfurt, e um dos criadores da Teoria Crítica. Em 1933 deixa Frankfurt em virtude da ascensão do nazismo na Alemanha e vai primeiramente para a Inglaterra e depois para os EUA (1938), retornando após a guerra para Frankfurt (1949), onde vem a atuar como diretor do Instituto.

Dentre outras obras é autor de: “Minima Moralia”, (1944, 1945, 1946 e 1947) 1951 e “Dialética Negativa”, 1966. Muito importante é “Dialética do esclarecimento” (Iluminismo), 1947, escrita em conjunto com Max Horkheimer. Também “A Indústria Cultural: o Iluminismo como Mistificação das Massas” 1947, “Filosofia da Nova Música”, 1949, “Crítica Cultural e Sociedade”, 1949, “Tempo Livre”, 1969, “Teoria Estética” (obra póstuma), 1970.

 


Uma de suas principais obras é “Dialética negativa”, 1966, na qual discorre sobre a dialética, enquanto motivo central de toda sua especulação filosófica. Sempre desde uma posição crítica, apresenta a dialética como uma autocrítica da filosofia. A dialética, segundo Adorno, busca romper com a pretensão de totalidade da consciência, bem como, com a tendência desta para a unidade. Trata-se de uma dialética da contradição onde o foco é a negatividade. Adorno faz uma crítica a todo sistema filosófico por meio de sua dialética negativa, a qual possui um caráter assistemático. Entende que a razão dialética deva ser crítica.

Não considera o cinema ou o rádio como arte, pois, ambas as técnicas ali envolvidas destinam-se ao lucro em uma sociedade consumista, dentro do conceito por ele elaborado conjuntamente com Horkheimer, de “indústria cultural”. O conceito de “indústria cultural” difere do conceito de “cultura de massa”. Segundo o pensamento de Adorno, é do interesse capitalista dos produtores desta indústria que se use o termo “cultura de massa”, dando a entender tratar-se de uma cultura que surge espontaneamente as próprias massas, do povo, mas isto não é verdade, pois, há aqui uma relação vertical na qual os criadores não somente adaptam seu produto ao gosto das massas, como também influenciam e determinam este gosto e consumo. A indústria cultural reduz a todos na sociedade a condição de empregados ou consumidores e tem como objetivo ser a portadora da ideologia dominante, proporcionando sentido ao conjunto do sistema.

A indústria cultural transforma tudo em negócio e vende com arte algo padronizado para as massas populares, atuando de modo sistemático e programado no sentido de explorar os bens culturais. Em uma sociedade capitalista, a obra de arte é diluída e padronizada para ser vendida como mercadoria, deste modo, perde o potencial crítico e de contestação.

Também importante são os conceitos de “teoria crítica” e “teoria tradicional” propostos em “Dialética do esclarecimento” (Iluminismo), 1947, por Adorno e Horkheimer, bem como a crítica de ambos à modernidade e ao Iluminismo, questionando o pensamento desenvolvido desde Descartes até os filósofos do Iluminismo no século XVIII. Uma crítica a pensamento presente não somente aos pensadores da Idade Moderna e aos Iluministas, como também ao Positivismo, pois, tais pensadores e movimentos defendem uma razão subjetiva, formal e instrumental, voltada aos meios necessários para se atingir determinado fim do modo mais eficiente e econômico (menor gasto de tempo, trabalho e outros recursos). A razão subjetiva se propõe a adequar os meios aos fins propostos. Defende a adoção de uma razão objetiva, visando a entender e determinar os fins a serem atingidos.

 

Silvério da Costa Oliveira.

 


 

Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.

Site: www.doutorsilverio.com

(Respeite os Direitos Autorais – Respeite a autoria do texto – Todo autor tem o direito de ter seu nome citado junto aos textos de sua autoria)

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