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Arcesilao, Carnéades (1) * O ceticismo na nova Academia


 

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O ceticismo na Academia começa com Arcesilao (316/315-241/240 a.C.), o qual, enquanto esteve à frente da Academia combateu o dogmatismo dos estoicos com o uso da dialética, adotando uma postura na qual nega toda certeza ou critério de verdade, não sendo possível conhecer as coisas em si mesmo, seja por meio dos sentidos ou por meio da razão. Trata-se não de um ceticismo moral como anteriormente presente em Pirro, e sim de um ceticismo pautado na crítica filosófica e na gnoseologia. Não podemos obter por meio de nossas percepções uma representação que seja realmente exata e fidedigna em relação ao objeto. Deste modo, proporciona somente um valor subjetivo as nossas percepções e a razão, por sua vez, se embasa em nossas percepções, tornando-se deste modo, também sujeita ao erro. Arcesilao nada escreveu e é associado pelos comentadores a segunda Academia ou Academia média. Aquele que melhor parece ter dado prosseguimento e desenvolvimento as ideias propostas por Arcesilao foi Carnéades.

Carnéades (214-129 a.C.) nasce em Cirene, norte da África, e falece em Atenas, cidade na qual desenvolveu seus estudos em filosofia e onde esteve, por um tempo (167 a 137 a.C.), à frente da Academia. Coube a Carnéades, segundo alguns comentadores, fundar a assim chamada “nova Academia” ou “terceira Academia”.

A tradição nos diz que Carnéades nada escreveu em vida e que seus ensinamentos eram somente orais, foi seu aluno, Clitômaco, quem durante dez anos tomou anotações das aulas e ideias do mestre e foi por seu intermédio que pensadores posteriores tomaram ciência de suas ideias. Conhecemos seu pensamento por meio de Cícero e Sexto Empírico, que são as principais fontes, mas também cabe destacar Plutarco e Eusébio de Cesareia.

Carnéades quando esteve à frente da academia proporcionou uma nova direção, no sentido anteriormente dado por Arcesilao, sendo que este priorizava mais o ceticismo enquanto Carnéades tendia mais para um probabilismo. Sua filosofia propunha a impossibilidade sobre a certeza de um conhecimento verdadeiro, pois todo o conhecimento que temos em última análise é resultado de uma probabilidade.

Carnéades assume uma posição filosófica contrária a todo e qualquer dogmatismo, defendendo que não é possível distinguir de modo inequívoco entre representações verdadeiras e falsas. Como não é possível obtermos um critério de verdade realmente válido em todas as situações, opta por uma postura que o aproxima da verossimilhança, probabilidade e possibilidade, levando em conta o discurso persuasivo na tomada de decisão.

Carnéades entende que não é possível haver uma doutrina realmente verdadeira, pois a todas corresponde somente uma parte da verdade, no entanto, pensa que a ação cotidiana pode ser pautada na probabilidade e verossimilhança proveniente desta parte verdadeira presente ao conhecimento. Também nega a possibilidade de existência de um critério moral que nos permita discernir com absoluta certeza o que seja bom e mal.

Em meus blogs "Ser Escritor" e "Comportamento Crítico" você encontrará um artigo / texto de minha autoria que resume as ideias deste vídeo, apresentando o tema em toda a sua complexidade. Leia:

"Carnéades e a terceira Academia".

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